Alberto de Oliveira
Da esquerda para a direita: Alberto Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac, o trio do Parnasianismo Pode-se perceber, em Meridionais (1884), segundo livro de Alberto de Oliveira, a devoção ao “culto da forma”, sem que isso contudo significasse uma impassibilidade declarada e almejada. A diferença entre os parnasianos e os românticos (duas gerações entre as quais o poeta tem participação) é que a opção por abandonar um registro de natureza emotiva em prol de uma maior atenção para as sensações e impressões provocadas por algo real. Como diz o crítico Alfredo Bosi, o resultado é que os parnasianos deslocam “a tônica dos sentimentos vagos para a visão do real ”. Um exagero nessa tendência levou alguns poetas a adotarem uma postura de verdadeira adoração por objetos (vasos, flautas gregas, taças de coral, ídolos de gesso etc.). Alberto de Oliveira pode ser considerado dentre os parnasianos, um mestre na arte de compor poeticamente retratos, quadros, cenas, em que predomina uma