Caderno vermelho, caderno azul
Por Maurício Montiel Figueiras De quem falamos quando falamos de Paul Auster? Do narrador que nos anos oitenta se tornou a nova ponta de lança da literatura estadunidense graças ao fato de a crítica francesa reconhecer o valor e as contribuições de títulos como O inventor da solidão , A trilogia de Nova York (composta por Cidade de vidro , Espectros e A sala trancada ), No país das últimas coisas e Palácio da Lua ? Do poeta cuja habilidade lírica fica evidente não só em Ground Work: Selected Poems and Essays (1970-1979) mas no seu trabalho como tradutor para o inglês de Jacques Dupin, Edmond Jabès e Stéphane Mallarmé, entre outros? Do ensaísta que em A arte da fome demonstra que pode praticar com facilidade o gênero de Montaigne? Do editor responsável por The Random House Book of Twentieth-Century French Poetry e Achei que meu pai era Deus , uma antologia que recupera cento e setenta e nove das quatro mil histórias verdadeiras recebidas como parte do National Story Project, lanç