Zila Mamede, alma potiguar
Por Pedro Fernandes Zila Mamede A trajetória de Zila Mamede e sua carreira de poeta são complementares, como bem já observou Tarcísio Gurgel: "De menina pobre e tímida de Currais Novos, até a profissional exemplar na área de biblioteconomia; da jornalista levemente arrogante, que publicava seus próprios poemas na coluna que assinava na 'Tribuna do Norte' até a poetisa consagrada em 'Exercício da palavra' verifica-se uma conjugação de fatores biográficos e literários que, intercomplementando-se, acabariam por transformá-la no nome hoje admirado por todos os que conhecem sua obra", assinala o estudioso. Zila nasceu em Nova Palmeira na Paraíba, em 1928, mas muito cedo veio para o Rio Grande do Norte. Ela aparece no cenário das letras potiguares "em 1953, quando o neoparnasianismo de 45 espalhava prodigamente suas flores de retórica", com 'Rosa de Pedra'. Além deste livro de que o escritor Ney Leandro de Castro, em devida citação, se