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Mostrando postagens de novembro 7, 2008

Itinerários da poesia de Zila Mamede

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Zila e eu* Por Manoel Onofre Jr.  Já conhecia Zila Mamede de nome quando tive com ela o primeiro contacto pessoal. Foi por volta de 1960. Trabalhava eu na Biblioteca da Faculdade de Direito de Natal, como auxiliar de bibliotecário, e Zila, já então diplomada em Biblioteconomia, aparecia por lá, vez ou outra, para orientar a diretora da biblioteca, D. Dudésia, uma senhora corpulenta, de voz e gestos dramáticos, rádio-atriz nas horas vagas. Eu guardava na gaveta um poema (?), o primeiro até então, único que cometera. Certo dia, criei coragem e mostrei-o a Zila. Precisava do aval da poeta, a festejada autora de “Rosa de Pedra” e “Salinas”. Ela ia passando, apressada, diante do meu birô, e mal se deteve para receber o “poema”; leu-o, rapidamente, e entregou-me de volta, com um reparo quanto à utilização da palavra “embalsamado”. Nada mais me disse, nem lhe foi perguntado. Minhas veleidades de poeta morreram naquele instante. Algumas décadas depois, eu voltaria