O vício do assistencialismo
Por Pedro Fernandes Depoimentos alheios (desculpem por andar ouvindo conversas alheias, mas nossos ouvidos também servem para isto) dão conta de que um novo tipo de dependência começa a demarcar espaço no sambódromo social brasileiro. A apologia carnavalesca, apesar de ainda não estarmos nesse período, é de propósito; não dizem que tudo por aqui é festa... Então, é só uma maneira hilária de ver a coisa. Identifiquei a causa, sem muitos estudos. Quisera eu ser um mestre na questão social brasileira! Mas impregnei nela certo faro crítico (coisa que anda faltando à escola de samba Brasil) e cheguei a uma conclusão nem tão surpreendente, uma vez que esse tipo finque ou quem sabe não já fincou raízes neste solo mãe-gentil. De imediato caracterizei-o como um novo vício que se alastra nas camadas ditas populares e é composto de um emaranhado exuberante, de causa-efeito incontáveis, mas ainda assim tentei enumerá-los: 1. Os programas de assistencialismo social surgem no governo FHC co