De como uma escritora “maldita” findou transformada em Best-Seller
Por Máximo Soto Goliarda Sapienza Se uma das características da obra de arte é a quantidade de interpretações a que leva seu caráter poético, polissêmico, sem dúvida L’arte dela gioia , romance da escritora siciliana Goliarda Sapienza, alcança essa posição. Descartado duas décadas, a partir de 1976, por diferentes editoras italianas, censurado como imoral, pornográfico, escandalosamente feminista e absurdamente perverso ou como um pastiche melodramático torrencial com um fundo moralista, L’arte dela gioia tornou-se um “romance maldito” que aos poucos que por ele se interessavam faziam-no por uma mórbida curiosidade sobre quão longe Goliarda Sapienza havia chegado com suas transgressões. O romance foi finalmente publicado em 1996, em uma pequena editora, logo após a morte da escritora, graças aos esforços de Angelo Pellegrino, seu último companheiro. Pouco depois, acontece algo que leva um dos maiores críticos italianos a escrever “mais uma vez está provado que o mundo da cultu