Os Sete Samurais, de Akira Kurosawa
Acusado de dar as costas para sua cultura, nesta obra o cineasta mescla uma dinâmica de ação com uma tradição tipicamente japonesa Na juventude, Akira Kurosawa desejava ser pintor. Incentivado pelo irmão mais velho, cinéfilo de carteirinha, e apaixonado pela produção americana (sobretudo a de seu ídolo John Ford), enveredou pelos caminhos da Sétima Arte para não sair mais. O passado artístico, porém, nunca deixou de influenciar os métodos de trabalho do diretor: todos os seus longas foram concebidos por meio de um meticuloso trabalho de composição. Kurosawa fazia storyboards enormes em forma de quadros, levava meses filmando e utilizava no mínimo três câmeras para cada cena. Tanto esforço deu resultado: tornou-se o mais respeitado cineasta japonês. Deixou marcas em obras tão distintas quanto os westerns de Sergio Leone, a saga de Guerra nas Estrelas (1982-86) e os pontos de vista múltiplos de Quentin Tarantino (saídos de Rashomon , de 1950). Só sofreu a resistência em seu país n