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Crepúsculo dos Deuses, de Billy Wilder

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A mistura de realidade e ficção, com atores e diretores sendo eles mesmos em seus dramas reais, nunca havia sido feita antes. Com uma biografia cheia de eventos trágicos – a mãe e o padrasto foram executados no campo de extermínio de Auschwitz, ele mesmo teve de fugir da Europa para não ser preso pelos nazistas –, o austríaco Billy Wilder poderia ter criado uma obra pesada, triste, amarga. Em vez disso, escolheu o riso como arma. Seus filmes são carregados de ironia cortante, e ninguém, nenhuma ideologia ou instituição escapam de seus diálogos que fazem rir e pensar. Não surpreende, portanto, que ele tenha resolvido satirizar seu próprio ganha-pão – a indústria cinematográfica – em  Crepúsculo dos Deuses , um retrato um pouco piedoso de Hollywood e sua máquina recicladora de ídolos e tendências.  O crepúsculo do título é o dos deuses do cinema mudo, renegados ao esquecimento com o advento da tecnologia sonora. Para o papel principal – uma antiga musa do cinema que contr