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Mostrando postagens de abril 17, 2008

Três poemas que revelam as veias de Saramago poeta

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Agora em 2008, passam-se dois anos de quando comecei a ler e a estudar a obra de José Saramago. Nesse tempo, passei por bons encontros e descobertas, encontrei-me mesmo com facetas desconhecidas da maioria, que ele, além do romancista, o cronista e contista também escreveu poesia. Sim, existe um Saramago. Um livro que se apresentou recentemente por aqui como do mesmo gênero foi O ano de 1993  (Companhia das Letras, 2007), mas neste livro, o escritor flerta com uma escrita vanguardista e pratica um texto situado entre a poesia e a prosa: a poesia pelo uso do versículo na organização do texto e a prosa pela presença da narração.  Mas, Saramago também compôs poemas tal como conhecemos. Foi no início da sua carreira como escritor, dos períodos mais ricos, quando ele transita na busca de uma consolidação do seu lugar e do tipo de literatura que praticará. O escritor português é um exímio romancista. Não é dos melhores poetas, mas o que escreveu não não deixa dúvidas que levou muito a