As adaptações de “Lolita” para o cinema
A Lolita de Stanley Kubrick Quando Humbert Humbert olha para Lolita, não vê a Lo, “um metro e quarenta e oito de altura com pés descalços”. Não vê uma menina de 12 anos, à sua própria enteada, mas a “Lo-li-ta: a ponta da língua descendo em três saltos pelo céu da boca para tropeçar de leve, no terceiro, contra os dentes. Lo. Li. Ta”. Vê um animal repleto de beleza: “Entre um limite de idade que vai dos nove aos catorze anos, existem raparigas que, diante de certos viajantes enfeitiçados, revelam sua verdadeira natureza, que não é humana, mas “nínfica” (isto é, demoníaca), e a essas dadas criaturas proponho designar como nymphets”. E que muda de acordo com quem a vê. “Era Lola em seus slacks. Era Dolly na escola. Era Dolores quando assinava o nome. Mas, em meus braços, era sempre Lolita”. Agora, como colocar isso numa tela de cinema? Um romance que fala em primeira pessoa (em voz secreta) da paixão desregrada de um professor de meia-idade por uma menina. Um desafio para o