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Dois livros de Kertész de uma trilogia sobre o Holocausto

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Por Rafael Narbona A chaminé de Auschwitz se converteu no símbolo mais radical e o fio de nossa memória não cessa de regressar a essa imagem buscando uma causa capaz de explicar a transformação de seres humanos em colunas de fumaça. Ernst Nolte afirma que não havia nenhuma crueldade neste procedimento. Simplesmente, se tratava de eliminar os responsáveis por um rumo histórico indesejável. Imre Kertész era só um adolescente que vivia em Budapeste, quando Eichmann realizou o milagre burocrático de enviar em alguns meses algo perto de 325 mil judeus húngaros aos campos de concentração alemães. Kertész era judeu, mas não descobriu o que isso significava até que sofreu a experiência da deportação. Sua estadia em Auschwitz foi muito breve (apenas três dias); o resto de seu cativeiro se passou entre Buchenwald e Zeitz. Esse translado significou a passagem de um Vernichtungslager (campo de extermínio) a um Arbeitslager (campo de trabalho). Kertész podia ter relatado sua expe