2050
Paul Benney |
encontrei-me nu. criança
sob uma abóbada celeste chumbo
num futuro passado a limpo distante
alheio a mim mesmo.
divaguei e divaguei
nas capoeiras rotas
poeirentas, amareladas,
por vezes escura,
vestida de morte.
desterros.
no céu cinza escarlate
um passado futuro desatado, distante
desdobra-se em gotas de estrelas
escusas, alheias a mim.
quisera reverter a abóbada celeste
a abóbada do meu pensamento
dissecar todo o lamento em fúria
da natureza escura, morta.
re(ver) o azul celeste
que carrego na abóbada do meu pensamento.
ex(por) o brilho vivo das estrelas.
acalentar o lamento fúria da natureza
vê-la em colorido, forma viva.
sob uma abóbada celeste chumbo
num futuro passado a limpo distante
alheio a mim mesmo.
divaguei e divaguei
nas capoeiras rotas
poeirentas, amareladas,
por vezes escura,
vestida de morte.
desterros.
no céu cinza escarlate
um passado futuro desatado, distante
desdobra-se em gotas de estrelas
escusas, alheias a mim.
quisera reverter a abóbada celeste
a abóbada do meu pensamento
dissecar todo o lamento em fúria
da natureza escura, morta.
re(ver) o azul celeste
que carrego na abóbada do meu pensamento.
ex(por) o brilho vivo das estrelas.
acalentar o lamento fúria da natureza
vê-la em colorido, forma viva.
* Este poema foi publicado inicialmente nos site Jornal de Poesia e Garganta da Serpente. Acesse o e-book Palavras de pedra e cal e leia outros poemas de Pedro Fernandes.
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