Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu em 1937, em Asmara, na Eritreia. Viveu parte da primeira infância ainda na África, passando por países como a Líbia, e depois a família se mudou para a Europa, onde viveu na Itália. Chegou ao Brasil em 1948, quando a situação não era nada fácil num Velho Continente solapado pelas atrocidades da Segunda Guerra Mundial.
Instalada no Rio de Janeiro, o despertar de Marina Colasanti para as artes se inicia com as atividades plásticas, um impulso de alguma maneira trazido do berço: o avô fora professor e crítico de arte, o pai e uma irmã, atores. E ela foi para a Escola Nacional de Belas Artes, onde se formou em Artes Plásticas, profissão que ajudaria adiante na feitura das ilustrações da sua própria obra.
Instalada no Rio de Janeiro, o despertar de Marina Colasanti para as artes se inicia com as atividades plásticas, um impulso de alguma maneira trazido do berço: o avô fora professor e crítico de arte, o pai e uma irmã, atores. E ela foi para a Escola Nacional de Belas Artes, onde se formou em Artes Plásticas, profissão que ajudaria adiante na feitura das ilustrações da sua própria obra.
Das artes plásticas, Marina Colasanti passou ao jornalismo. Atuou por mais de três décadas em várias frentes nesta área: foi redatora, repórter, editora, colunista e cronista em meios como Jornal do Brasil, Revista Nova, Senhor, Cláudia, Fatos & Fotos, Nova, Manchete, entre outros. Ela protagonizou certo auge da mídia impressa no Brasil, mas, nesse mesmo setor, atuou como apresentadora de televisão na TV Rio, Tupi e TVE, além de desempenhar as atividades de roteirista nessas emissoras.
Foi no jornal que se forma seu convívio, no sentido da criação, com a literatura para crianças, sem dúvida, um ponto alto na sua extensa obra literária. No Jornal do Brasil, ela trabalhou por mais de uma década como editora do Caderno Infantil. E nesse burburinho de redações e colunas para periódicos diversos da cena carioca se deu sua estreia literária em 1968; com a crônica, gênero ao meio caminho entre o jornalismo e a literatura que favoreceu uma nova rota para a arte da palavra.
Foi no jornal que se forma seu convívio, no sentido da criação, com a literatura para crianças, sem dúvida, um ponto alto na sua extensa obra literária. No Jornal do Brasil, ela trabalhou por mais de uma década como editora do Caderno Infantil. E nesse burburinho de redações e colunas para periódicos diversos da cena carioca se deu sua estreia literária em 1968; com a crônica, gênero ao meio caminho entre o jornalismo e a literatura que favoreceu uma nova rota para a arte da palavra.
A coletânea Eu sozinha uma seleção de grande parte das crônicas que foram publicadas inicialmente na imprensa. E essa publicação serviu-lhe de porta para uma série de outros títulos do gênero (Nada na manga, 1975; Eu sei, mas não devia, 1996; O leopardo é um animal delicado, 1998; A casa das palavras, 2002; Os últimos lírios no estojo de seda, 2006). E para outras formas da prosa, como o romance: (Vozes de Batalha, 2021); a poesia (Rota da colisão, 1993; Gargantas abertas, 1998; Fino sangue, 2005; Passageira em trânsito, 2009), o conto (Zooilógico, 1975; A morada do ser, 1978; Contos de amor rasgados, 1986; O leopardo é um animal delicado, 1998; Penélope manda lembranças, 2001; Hora de alimentar serpentes, 2013; A cidade dos cinco ciprestes, 2019) e o ensaio (A nova mulher, 1980; Mulher daqui pra frente, 1981; E por falar em amor, 1984; Aqui entre nós, 1988; Intimidade pública, 1990; Fragatas para terras distantes, 2004; Minha guerra alheia, 2010).
A maior parte de sua bibliografia inclui, como referido, publicações na literatura infanto-juvenil, na qual terá se especializado na escrita e na ilustração, tanto em prosa (Uma ideia toda azul, 1979; Doze reis e a moça no labirinto de vento, 1982; Uma estrada junto ao rio, 1985; O lobo e o carneiro no sonho da menina, 1985; O verde brilha no poço, 1986; Um amigo para sempre, 1988; O menino que achou uma estrela, 1988; Será que tem asas, 1989; A mão na massa, 1990; Cada bicho seu capricho, 1992; Entre a espada e a rosa, 1992; Ana Z, aonde vai você?, 1993; Um amor sem palavras, 1995; O homem que não parava de crescer, 1995; Longe como o meu querer, 1997; A amizade abana o rabo, 2002; A moça tecelã, 2004; Minha tia me contou, 2007; Do seu coração partido, 2009; Com certeza tenho amor, 2009; Breve história de um pequeno amor, 2013) quanto em poesia (Minha ilha maravilha, 2007; Poesia em quatro tempos, 2008; Classificados nem tanto, 2010; O nome da manhã, 2012).
A vasta obra, da qual foi citada aqui apenas pequena parte, mereceu amplo reconhecimento e uma generosa lista de premiações. Foi ganhadora por diversas vezes e em diversas categorias do Prêmio Jabuti: Melhor Livro Infanto-Juvenil (1993, 1994, 2011); Melhor Livro de Contos (1997); Melhor Livro de Poesia (1994, 2010). Em 2009, por sua poesia, angariou o Prêmio da Biblioteca Nacional e, quatro anos mais tarde, recebeu da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra, o Prêmio Machado de Assis.
Marina Colasanti morreu no dia 28 de janeiro de 2025, no Rio de Janeiro.
Marina Colasanti morreu no dia 28 de janeiro de 2025, no Rio de Janeiro.
* Este texto foi atualizado em janeiro de 2025.
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